Resultado passatempo

A Dina é a vencedora do passatempo Alice no País das Maravilhas.

«O Chapeleiro Louco cantou para a Rainha «os parabéns» e acusou-o de ter «matado o tempo»... será?» - Dina

(As minhas desculpas pela demora em publicar o resultado)

Committed

«Desiring another person is perhaps the most risky endeavor of all. As soon as you want somebody - really want him - it is as though you have taken a surgical needle and sutured your happiness to the skin of that person, so that any separation will now cause you a lacerating injury. All you know is that you must obtain the object of your desire by any means necessary, and than never be parted. All you can think about is your beloved. Lost in such primal urgency, you no longer completely own yourself. You have become an indentured servant to your own yearnings.»

O texto que se segue pode conter alguns spoilers para quem ainda não leu Comer, Orar, Amar.

Committed é a continuação de Comer, Orar, Amar - um livro que relata as viagens de auto-descoberta que Elizabeth Gilberth fez durante um ano, após passar por um divórcio atribulado.

Na última das suas viagens, Indonésia, Elizabeth conheceu Filipe - um brasileiro que se tinha refugiado naquele país após um divórcio complicado. Começaram por conversar, depois vieram os passeios e a apresentação àqueles que lhes estavam mais próximos na Indonésia.

O amor entre os dois nasceu com uma promessa "nuna nos havemos de casar". Acontece que Elizabeth é americana e reside nos EUA, enquanto que Filipe é brasileiro e tem a sua residência oficial na Austrália. Durante vários meses o casal encontrou-se um pouco por todo o globo, sempre que era possível conciliar as agendas. Filipe que sempre negociou as suas jóias e pedras preciosas (o seu negócio e principal fonte de rendimento) nos EUA acabou por prolongar as suas já habituais viagens de trabalho, ficando na companhia de Elizabeth durante três meses - o máximo que o visto permitia.

Um dia, no regresso de uma viagem de negócios, Filipe ficou retido na emigração e seria posteriormente deportado para a Austrália (país onde outrora foi casado e onde vivem os filhos). Qual a solução? Casar, ou seja, romper com a única promessa que havia sido feita pelo casal. Mas casar leva tempo, sobretudo quando o novo é um cidadão estrangeiro, noiva é americana e estamos no período pós-11 de Setembro.

Committed conta a história das dificuldades que o casal teve de enfrentar? Sim, mas de uma forma resumida e meramente ilustrativa. Este é acima de tudo um livro antropológico sobre o casamento, uma espécie de tratado acerca deste tipo de união em vários pontos do mundo e ao longo dos séculos.

Trata-se, acima de tudo, de uma pesquisa pessoal da autora. Uma espécie de resposta a questões como "devo casar?" ou "pode um segundo casamento dar certo?".

Apesar de ser uma continuação do bestseller, Committed não tem nem metade da diversão e do encanto. Contudo, não deixa de ser um documento interessante para quem goste do tema.

Título original: Committed

Autora: Elizabeth Gilberth

Editora: Bloomsbury

Preço aproximado: 13.76 euros (secção importados Fnac e Bulhosa)

5.ª Avenida

«“There are as many criminals in the ‘establishment’ as there are in the ghettos,” Mrs. Houghton was fond of saying. “Never forget that it’s easy for a man to hide his bad intensions beneath good clothes.”»

Muitos são aqueles que querem viver o sonho nova-iorquino. E não, não basta viver em Nova Iorque. A zona da cidade em que se vive (quanto mais cara melhor) é muitas vezes responsável pelo sucesso ou desaire de alguém. Que importa viver numa caia de sapatos se está na 5.ª Avenida.

One Fifth Avenue relata o rise and fall na sociedade nova-iorquina. É um livro bem-disposto acerca daqueles que têm tudo, dos que não têm tudo e dos que pouco têm mas que querem fazer a sua estreia em grande estilo.

É sabido que na sociedade dos nossos dias, em grande parte das vezes, o dinheiro fala mais alto. Mas será que traz felicidade? Pode trazer, talvez a curto/médio, mas a solução de todas aquelas almas passa por uma e única coisa: aceitar e desfrutar o facto de não ter tudo. Há um handicap em qualquer das personagens. Nenhum ser é melhor que outro e nem tem o dom de camuflar as falhas.

Temos a eterna colunista social, o script writer bem sucedido nos anos 80, a actriz recém-divorciada em bisca de uma vida nova, a ascensão dos bloggers, o escritor menosprezado, os novos ricos e uma menina que devia fazer parte do elenco de The Hills. Então e os parasitas sociais? Nada de tristezas, Candace Bushnell também não se esqueceu deles.

Este 5.ª Avenida consegue ser, enquanto livro, mais divertido e mordaz que Sexo e a Cidade e Lipstick Jungle. Não temos um grupo de best friends forever, mas mulheres em diferentes faixas etárias a tentar marcar uma posição perante os desafios da Big Apple.

É fácil ganhar interesse pelas personagens, rir com as suas manias ou até carregar um pouco da sua cruz. São personagens tipo, that’s a fact, mantêm-se fiéis ao seu estereótipo e não sofrem qualquer evolução. Mas será que tinham mesmo de passar por uma?

Um livro que vai surpreender pela positiva, sobretudo, aqueles que não são fãs de Sexo e a Cidade.

Título Original: One Fifth Avenue

Autora: Candace Bushnell

Editora: Abacus

Preço: 8,50 euros

Comer, orar, amar

«Já não quero continuar casada.

Queria tanto não tomar consciência disso, mas a verdade continuava a insistir comigo.

Já não quero continuar casada. Não quero morar neste casarão. Não quero ter um bebé.»

Elizabeth Gilbert, nova-iorquina na casa dos 30, tinha tudo o que uma mulher da sua idade poderia querer: um marido atencioso, uma casa grande e um bom emprego. Enfim… tudo o que umas sempre quiseram mas que ela, naquele momento, não quis.

Sempre achou que assentasse lá para os 30. Pensava que por esta altura lhe passasse a vontade de correr o mundo e que quisesse, finalmente, ter filhos. Para surpresa de todos não foi isso que aconteceu. Entrou em depressão e pôs fim ao casamento.

Seguiu-se um divórcio que lhe esgotou as energias (e as economias). Uma vez tratada toda a papelada decidiu passar um ano a viajar em busca dela própria. Itália, India e Indonésia foram os destinos escolhidos. O plano consistia em desenvolver uma faceta específica em cada um destes países: ia aprender a comer e a falar italiano (Itália), a orar e entrar em contacto com o seu lado espiritual (India) e encontrar um balanço, quiçá amar, na Indonésia.

O que nos prende neste “Comer, orar, amar” é o relato pessoal de Elizabeth Gilberth, as suas aventuras num tom bem-humorado e despretensioso. Sabemos que renegou aquilo que aos olhos de muitos era perfeito, sofreu muito, perdeu tudo, deu a volta por cima e acima de tudo está de bem com a vida.

A escrita é directa. Tão directa como termos a autora à nossa frente juntamente com um conjunto de diapositivos para contar a história.

Uma relato de coragem, um livro que deve ser lido por todas as mulheres.

Título Original: Eat, pray, love

Autora: Elizabeth Gilberth

Editora: Bertrand

Preço: 9.00 euros (edição pocket)

Por estes dias na Fnac

A Fnac seleccionou mais de 150 livros para esta campanha. Basta escolher quatro títulos e na hora de pagar aquele que tiver menor valor é-lhe oferecido.

Uma grande oportunidade para aumentar a biblioteca ou dar uma chance àquele livro que sempre quis ler.

Diário das minha viagens por Angelina Jolie

Este livro retrata as viagens humanitárias de Angelina Jolie a África, Camboja, Paquistão e Equador enquanto Embaixadora da Boa Vontade para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Ao ler este diário "vi" pelos olhos desta priviligiada de Hollywood um mundo cinzento atacado pela guerra e fome, uma realidade da qual tentava fugir. "Vi" vida e coragem onde jamais pensei que podesse existir. Chorei de tristeza e ri de alegria com este livro. Vibrei com as mudanças que ela estava a sentir e senti que eu própria as estava a viver.

Esta leitura fez-me agradecer e valorizar todos os dias o que tenho e a saborear cada momento em familia e cada pequena conquista, mas principalmente fez-me ver uma outra realidade do mundo.

Os meus olhos estão mais abertos graças a esta leitura que apesar de não ser uma obra literária mudou o meu mundo por completo. Recomendo.

Do livro deixo-vos um excerto:

«As crianças aqui agarram-nos as mãos e andam ao nosso lado, sorrindo e cantando. Não têm nada. Usam roupas rasgadas e poeirentas e sorriem… Detesto que toda a gente esteja a sofrer - os amputados, os refugiados, os desalojados… Como é que se diz a estas pessoas para reconstruir as suas vidas quando eles têm a certeza que os rebeldes darão cabo delas outra vez? Hoje à noite comemos peixe e salada. Foi um grande luxo. Fiquei grata, mas tive dificuldade em comer. Sentia-me tão oca por dentro… Sinto respeito e admiração por estas pessoas. Pela sua força de vontade. Pela sua esperança… Há tantas coisas que acontecem no mundo e que não são noticiadas. Precisamos todos de procurar mais fundo e descobrir por nós próprios…»

Título: Diário das minhas viagens

Autor: Angelian Jolie

Editora: Penguin Books Ltd

Preço: €15.00 (aprox)

Os direitos de autor de Angelina Jolie revertem a favor do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados

Passatempo Alice no País das Maravilhas

Aproveitando a estreia de Alice no País das Maravilhas, o Let's Start a Book Club tem cinco bookmarks especiais para oferecer. Só precisam de responder à questão:

«Do que é que a Rainha acusou o Chapeleiro Louco de ter feito para ordenar que lhe cortassem a cabeça?»

As respostas devem ser deixadas em forma de comentário neste post.

And the bookmark goes to...

«Acham mesmo que é possível escolher um só livro preferido? Eu tenho sérias dificuldades em fazê-lo, confesso.
Mas posso falar daquele que foi o meu primeiro livro preferido. Foi o "Leandro, Rei da Helíria", da Alice Vieira. Porquê? Porque nos fala de uma grande lição de vida. Este livro fala da história de um rei que baniu a sua filha do seu reino porque ela lhe disse que o queria "como a comida quer o sal". Muitos anos depois, quando ela lhe serviu comida sem sal, ele percebeu a importância do sal para a comida. Era muito míuda quando li este livro, mas nunca me esqueci dele e da sua história!» - Agridoce

Parabéns! Agridoce, deves enviar o nome e a morada deve ser enviado para pecansis@gmail.com.

Quem não ganhou... nada de tristezas. Estamos a preparar um novo passatempo e desta vez vamos ter 5 marcadores para oferecer. Fiquem atentos!

20% de deconto

Bom dia,

Hoje e amanhã todas as compras online no site português WOOK tem 20% de desconto em qualquer compra.

Quem sabe se não é a oportunidade ideal para comprar aquele livro maravilhoso ou até um presente literário para o dia do pai.

É de considerar :)

Morreste-me

Este é um daqueles livros que nos tocam e nos marcam para sempre. Por um lado, a escrita crua, sentida, sincera do José Luís Peixoto, que tornam tudo ainda mais cortante. Depois, o tema em si: a morte de quem amamos. Este livro é auto-biográfico: JLP escreveu-o depois da morte do pai, quase como uma carta de despedida, para exorcisar tudo o que sentiu e não pôde dizer.
Li este livro pela primeira vez na altura em que descobri este autor. E, com este livro, o José Luís Peixoto impôs-se como um dos meus autores preferidos de sempre. Tudo na escrita dele é alma e este livro não podia ser melhor exemplo disto. É um livro pequenino, que se lê em duas horas (ou menos), mas que remexe com tudo o que temos cá dentro.

Título: Morreste-me
Autor: Jos´Luís Peixoto
Editora: Quetzal (reedição de 2009)
Preço: € 12,00

O Let's Start a Book Club! no flickr

O Let's Start a Book Club também já está no Flickr.

A partir de hoje pode ver todas as novidades tanto no blog como no Flickr.

Vamos falar de livros?

ver mais aqui.

A Minha Luta

Por Dina*

Considerado um dos maiores monstros da humanidade, Hitler revela-nos em A Minha Luta a sua faceta humana. Poucos conhecem mais do que a aparência, o porte militar, e o seu característico bigode.

Mein Kampf dá-nos a conhecer a luta interior de um homem que desde tenra idade viveu num país a beira da deriva. Um homem que sempre quis ser artista mas que o pai queria funcionário. Um homem que lutou quatro anos nas trincheiras e que viu tombar milhares de soldados.

Revela-nos a luta de um homem que viveu na miséria para alcançar o seu sonho, tal como milhares de outros da sua espécie. Um homem que passava fome para poder comprar livros. Conhecemos os medos e as lutas interiores de um ser que se questionava sobre tudo o que o rodeava. E que, para formar uma opinião, pesquisava, debatia e aprendia no quotidiano, junto das pessoas da rua. Este livro revela-nos como um simples sonhador de uma pátria mais alemã se viu envolvido, sem querer, num partido político.

Há algo de perturbador neste livro escrito em 1924, enquanto Hitler estava na prisão, mas com situações tão actuais: ineficiências do Parlamento, corrupção, problemas sociais nas cidades, controlo da comunicação social, crises de valores. Uma escrita cativante que deixa entrever o óptimo orador e impulsionador de massas que ele terá sido. Ele próprio define-se como um homem da arte oratória, pois as grandes lutas e revoluções nunca foram feitas com palavras escritas.

Ao fechar o livro, muitas questões ficam por resolver. Esta biografia pouco revela dos ideais nazis de Hitler ou da futura política de extermínio dos judeus. É uma obra obrigatória para quem quer perceber a verdadeira génese de uma Guerra que mudou o rumo da história. Nada pode ser perdoado mas muitas coisas são explicadas e o leitor passa a compreender o porquê de muitos acontecimentos e decisões deste ditador. Afinal, ele só ansiava por pão e trabalho para os seus e por manter a identidade e a independência do seu país. Não será este um fim comum a muitas guerras? Mas, neste caso, o fim nunca justificaria os meios. Mein Kampf, um livro tabu de ideologias que deveria estar mais presente para que haja atrocidades que nunca mais voltem a acontecer…

Título Original: Mein Kampf

Autor: Adolf Hitler

* autora do blogue Amor Perfeito, convidada pelo Let's Start a Book Club para uma colaboração especial

Passatempo

Está encerrado o primeiro passatempo do Let’s Start a Book Club. Os resultados e um novo passatempo são anunciados na próxima semana.

Boas leituras,

Let’s Start a Book club

O 1.º Passatempo

O Let's Start a Book Club e a Mimi Chocolat estão a sortear bookmarks.

Para tal basta que nos deixem um comentário (a este post) com o título do vosso livro preferido e por quê.

Boas leituras,

A equipa do Let's Start a Book Club

Extremely Loud & Incredibly Close

«Oskar Schell: son»

Se para cada um de nós há uma palavra que nos define na totalidade, a de Oskar Schell, nova-iorquino de 9 anos, será filho. Apesar de todas as outras palavras que o poderiam definir tão bem: inventor, francófilo, tocador de tamborim, actor shakespeariano e joalheiro pacifista.

‘Extremely Loud & Incredibly Close’ ou ‘Extremamente Alto, Incrivelmente Perto’, na edição da Quetzal, é um livro sobre o amor, dor, descoberta e amizade.

Oskar perde o pai no atentado ao World Trade Center. Aquele que era o seu pilar, aquele que instigava o seu pensamento e com o qual procurava erros no The New York Times. As árduas palavras cruzadas do diário não lhes eram suficientes.

Um dia enquanto vasculhava os pertences do pai, para esconder aquela que seria a última recordação deste em vida, encontra um envelope destinado a Black, simplesmente Black, com uma chave lá dentro. O pai contou-lhe que Nova Iorque tem cinco burroughs e muitos edifícios altos, não é difícil chegar à conclusão que são muitas fechaduras para abrir. Conseguirá Oskar encontrar a fechadura que casa com aquela chave?

O que há de surpreendente neste livro? A inteligência, criatividade e dedicação de Oskar. Um pequeno génio aos 9, alguém que julgamos vir a tornar-se simplesmente encantador (mais ainda) com o passar dos anos.

‘Extremely Loud & Incredibly Close’ é uma história fascinante, onde os detalhes fazem a história e aquecem o coração. Acima de tudo é uma história de Amor e esperança como teremos dificuldade em encontrar noutro lugar.

Título: Extremely Loud & Incredibly Close
Autor: Jonathan Safran Foer
Editora: Penguin Books Ltd
Preço: £8.99